Laura Gelbert Delgado, da ONU News em Nova Iorque.
Em votação na tarde desta quarta-feira, em Nova Iorque, o
Conselho de Segurança das Nações Unidas não aprovou projeto de resolução que
condenava e pedia investigações sobre o ataque químico ocorrido na cidade de
Idlib, na Síria, em 4 de abril, entre outras medidas.
O resultado da votação foi anunciado pela embaixadora dos
Estados Unidos na ONU, Nikki Hayley, que é presidente do órgão no mês de abril.
Veto
Foram 10 votos a favor do documento, dois contra e três
abstenções. Nikki Hayley informou que a proposta de resolução "não foi
adotada devido ao voto negativo de um membro permanente do Conselho".
As abstenções foram de China, Cazaquistão e Etiópia.
Rússia e Bolívia se opuseram ao documento. Como representante permanente do
Conselho de Segurança, o voto russo tem poder de veto.
Resolução
O projeto de resolução, proposto pela França, pelo Reino
Unido e pelos Estados Unidos, condena nos termos mais fortes o alegado uso de
armas químicas na Síria, especialmente o ataque em Khan Shaykhun em 4 de abril.
O documento expressa "ultraje" que pessoas
continuem a ser mortas e feridas por armas químicas no país e
"determinação" de que os responsáveis devem prestar contas.
O texto afirma ainda "pleno apoio" à missão de
investigação da Organização para a Proibição de Armas Químicas, Opaq, e exige que todos os envolvidos forneçam
acesso seguro e imediato para qualquer local que o grupo ache relevante.
A projeto também recorda sua determinação de que o uso de
armas químicas na Síria "representa uma ameaça à paz e segurança
internacionais".
Risco
Mais cedo, na manhã desta quarta-feira, o Conselho de
Segurança ouviu um informe do enviado especial do secretário-geral das Nações
Unidas para a Síria.
Para Staffan de Mistura, o "frágil progresso
alcançado nas negociações de paz está agora em grande risco".
O enviado reafirmou que só pode haver uma solução
política para o conflito sírio.
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