A região do Leste Asiático e Pacífico é onde cerca de 4,3
milhões de bebês vivem em áreas que excedem seis vezes o limite. Foto: Banco
Mundial/Chhor Sokunthea |
Denise Costa da ONU News, em Nova Iorque.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, alerta
que quase 17 milhões de bebês menores de um ano vivem em áreas onde a poluição
do ar é pelo menos seis vezes maior do que os limites internacionais.
De acordo com um novo relatório da agência, publicado
nesta quarta-feira, os menores respiram ar tóxico fazendo com que o seu
desenvolvimento cerebral esteja em risco. Mais de três quartos destas crianças
vivem no sul da Ásia.
Saúde
O documento intitulado: Perigo no Ar: Como a poluição do
ar afeta o desenvolvimento do cérebro em crianças pequenas, nota que respirar o
ar poluído pode danificar o tecido cerebral e prejudicar o desenvolvimento
cognitivo, trazendo implicações e contratempos ao longo da vida.
O diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake, afirmou que
proteger da poluição do ar, não só beneficia as crianças, mas também beneficia
as sociedades com a redução de custos com cuidados de saúde, o aumento da
produtividade e um ambiente mais limpo e seguro para todos.
Atmosfera
As imagens de satélite, do relatório, revelam que o sul
da Ásia tem a maior proporção de bebês a viverem nas áreas mais afetadas, com
12,2 milhões morando onde a poluição atmosférica ultrapassa seis vezes os
limites internacionais estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde, OMS.
A região do Leste Asiático e Pacífico é onde cerca de 4,3
milhões de bebês vivem em áreas que excedem seis vezes o limite.
O estudo mostra que a poluição do ar, como a nutrição e
estímulos inadequados, e a exposição à violência durante os primeiros mil dias
de vida da criança, podem afetar o desenvolvimento infantil e a formação
cerebral.
Defesas
Segundo a agência da ONU, o cérebro de um bebê é
especialmente vulnerável porque pode ser danificado por uma pequena dose de
produtos químicos tóxicos, em comparação com o cérebro de um adulto.
As crianças também são altamente vulneráveis à poluição
do ar, porque respiram mais depressa e também porque as suas defesas e
imunidades físicas não estão totalmente desenvolvidas.
O documento enumera medidas urgentes para reduzir o
impacto da poluição. Os pais, por exemplo, podem reduzir no domicílio a
exposição das crianças aos fumos prejudiciais produzidos por produtos de
tabaco, fogões de cozinha, lareiras e aparelhos de aquecimento.
O chefe do Unicef, Anthony Lake, afirma que “nenhuma
criança deve ter que respirar ar perigosamente poluído, e nenhuma sociedade
pode dar-se ao luxo de ignorar a poluição do ar”.
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