O presidente do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), Carlos Eduardo Thompson Flores, afirmou a congressistas petistas, nesta sexta-feira (12), que está preocupado com as ameaças de conflitos durante julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 24.
À delegação de petistas ele afirmou ter relatado sua
apreensão à presidente do STF, ministra Carmen Lúcia, e à procuradora-geral,
Raquel Dodge. Segundo ele, o tribunal, com sede em Porto Alegre, tem detectado
pressões de todos os lados, especialmente em manifestações em redes sociais.
Os petistas entregaram ao desembargador uma carta com
críticas a ele próprio, além do juiz Sérgio Moro, que condenou Lula na primeira
instância.
Sem citar nominalmente Thompson Flores, os petistas
afirmam, no documento, que recentes elogios à decisão de Moro "lançam
preocupação sobre o caráter do julgamento".
AMEAÇAS
O presidente do TRF-4 disse que os juízes estão recebendo
ameaças e que alguns deles tiraram suas famílias do Estado. Ele citou o caso de
uma pessoa do Mato Grosso do Sul que tem ameaçado atacar fisicamente o prédio
do TRF-4.
O desembargador contou também ter recebido um telefonema
do presidente da associação de magistrados com relatos de ameaças a juízes.
Em resposta, os petistas alegaram não haver orientação
neste sentido e que as ameaças devem ser acompanhadas caso a caso.
"Não há nos movimentos sociais qualquer disposição
para conflitos, não há orientação nesse sentido", diz o deputado Marco
Maia, admitindo haver "radicalismo" de todos os lados.
Segundo o tribunal, o presidente da corte disse que
aceita "prontamente a colaboração para assegurar a segurança de todos os
envolvidos". "Pedimos que divulguem a mensagem por manifestações pacíficas",
disse ele.
Autoridades que quiserem acompanhar o julgamento terão
acesso ao tribunal e assistirão à sessão em um telão. A sala de julgamentos
ficará restrita a advogados e partes. Com informações da Folhapress.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.