Ipojuca Pontes
Sob o comando do reincidente Lula, Zé Dirceu, “capitão” petista condenado
a 30 anos de cadeia por lavagem de dinheiro, corrupção e partícipe de
organização criminosa (mas, por
enquanto, saltitante nas baladas por obra e graça da gente amiga do STF),
partiu para o ataque.
Ciente de que no Brasil tudo lhe é permitido, o agente
cubano, procurando intimidar os juízes do Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF-4) que julgarão recurso procrastinador do ex-presidente Lula
(condenado a nove anos e meio de prisão), vociferou em calculada ira: “A hora é
de ação, não de palavras. De transformar a fúria, a revolta, a indignação e
mesmo o ódio em energia para a luta e o combate. Todos a Porto Alegre, no dia
24, o dia da revolta”. Vejam só a ousadia do criminoso!
Na ordem prática das coisas, o astro do mensalão quer que
os bem-remunerados profissionais do MST, CUT, UNE, corporações artísticas e
petistas terceirizados nas bocadas do governo, transformem as imediações do
TRF-4 em praça de guerra, com muito sangue, bombas incendiárias, atos de terror
e, se tudo “correr bem”, alguns cadáveres. Será, na ópera do malandro, o
exercício do “quanto pior, melhor”.
Mas o problema consiste em como evitar a reação inversa
de 59 % da população brasileira que exige ter Luiz Inácio, o quanto antes, por
trás das grades (vide a Lei de Newton: “A toda ação há sempre uma reação oposta
e de igual intensidade” - ou maior, digo eu).
Lula é um cego moral. Sujeito ruim, irresponsável. (Vá
lá, uma “jaearaca”). Para fugir da
cadeia, tida como certa, chafurda histérico em cima de candidatura inviável,
açulando uma massa (de manobra) inebriada pela mentira. Mas, repito: o governo Lula não é nada do que
ele inventou e a mídia amestrada incensa. No livro “A Era Lula – Crônica de um
desastre anunciado” (Girafa Editora, São Paulo, 2009) fiz levantamento minucioso dos dias inglórios do
seu “governo socialista”, em que dava conta, entre tantas misérias, de
acontecimento simbólico: a imolação do operário José de Souza, pedreiro
desempregado que ateou fogo ao próprio corpo defronte ao Palácio do Planalto,
sob os olhares indiferentes do “líder carismático” e sua patota.
(A propósito, neste sentido, como a denunciar a realidade
vivida naqueles anos de muita propaganda enganosa e a vasta pilhagem, relatório
do Banco Mundial publicado no final de 2017 dá conta de que 1/4 da população
brasileira se viu reduzida à extrema pobreza, sendo que, no escopo, 22%
vegetava abaixo da linha da pobreza, auferindo entre US$ 1,90 e US$ 5,5 por
dia).
Nos dois mandatos de Lula foram denunciados cerca de
4.200 escândalos, entre os quais, cito de memória, as falcatruas do
abominável tesoureiro petista Delúbio
Soares e do corrupto Marcos Valério, as orgias do poderoso ministro Palloci, o
ativismo corrupto do líder parlamentar José Genoino, o caso do AeroLula,
as recepções de dólares contrabandeados
de Cuba, os milhões manchados de sangue enviados pelo ditador (“amigo, irmão e
líder”) Moamar Kadafi, os desvios de recursos das “parcerias (putarias)
público-privadas”, o aparelhamento em massa do Estado pelas hordas do PT, as
extorsões milionárias do assessor político José Waldomiro, as manobras do
marqueteiro Duda Mendonça, os rombos dos sigilosos cartões corporativos, etc,
etc, etc – para não mencionar o já clássico “mensalão”, prenúncio do Petrolão e
da institucionalização da corrupção enquanto prática política.
Alguns observadores do imbróglio tupiniquim entendem que os três juizes do
TRF-4 votarão pela condenação de Lula e, neste caso, adeus candidatura do réu
já condenado. Mas outros acham que o TRF-4 o condenará por dois votos contra
um, dando a Lula, assim, respaldo para que ele continue no jogo. No fundo, é
tudo trololó acadêmico, pois o sr. Jararaca, perdendo por qualquer placar, vai
apelar para o STF, onde conta com admiradores ferrenhos, muitos dos quais
nomeados por ele próprio. (O tratamento dispensado ao agente Zé Dirceu, livre
das grades, é sintomático).
Detalhe: no plano das pesquisas de intenções de votos
publicadas pelo Datafolha, Lula continua na frente, congelado em 35% das
intenções, enquanto Bolsonaro, em segundo lugar, não passa de 17% na
preferência do eleitorado. O Datafolha, como todos sabem, pertence ao grupo da Folha de São
Paulo, jornal 100% às esquerdas. Sua metodologia de
amostragem é pra lá de suspeita. Em 2016, nos atos de protesto do povo contra
Dilma e Lula efetuados na Av. Paulista, o Datafolha contabilizou a presença de
600 mil pessoas, enquanto o idôneo Instituto de Pesquisa StoreSmarts, por
exemplo, anotou o movimento de 1.48 milhão de manifestantes. É preciso dizer
mais?
Mês passada, a empresa de consultoria Big Data divulgava
que 32% dos brasileiros residentes nos Estados Unidos tinham intenção de votar
em Bolsonaro, enquanto Lula somava apenas 9%. Por sua vez, o Instituto Paraná, em Curitiba, informava que
o petista não passava de 25% nas intenções de voto.
Moral da história: mesmo perdendo é preciso que caia sobre
o costado de Lula, o Chacal, a verdade do encarceramento.
(Ipojuca Pontes é cineasta e jornalista)
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