Barra de São Miguel, AL - O Pezão é a Dilma do Lula:
despreparado, lesado e alienado. Depois da selvageria no Rio de Janeiro durante
o Carnaval, ele vem a público para dizer que o esquema de segurança falhou,
enquanto as pessoas vão aos necrotérios e aos hospitais rezar pelos seus mortos
e feridos. Na outra ponta, o prefeito Crivella é a caricatura de um
administrador: incompetente, irresponsável e inconsequente. Durante as festas,
ele viaja para Europa a pretexto de conhecer novas tecnologias para segurança
do Rio. Uma mentira deslavada, uma invenção para justificar a sua saída da
animação do satanás, como é tratado o Carnaval pelo seu chefe Edir Macedo, o
dono da Universal a quem ele – e todos os parlamentares em Brasília – devem
obediência religiosa.
O Rio de Janeiro não é refém apenas dos bandidos, é também
vítima dos seus maus administradores. Desde o Negrão de Lima, no final da
década de 1960, o estado não produziu um governador sequer reconhecidamente
competente e íntegro. Por lá já passaram figuras como Chagas Freitas, Brizola,
Moreira Franco, Benedita da Silva, Cabral (Cruz Credo, Ave Maria!) e agora o
Pezão, representante legítimo dos interesses do seu antecessor que o indicou
para vice à época porque sabia das suas limitações. Assim Cabral poderia
continuar liderando a sua organização criminosa como Lula fez com a Dilma.
Infelizmente, a violência no Rio de Janeiro é difícil de
acabar, pois ela movimenta bilhões de reais das drogas por ano e tem a
cumplicidade de políticos, empresários e policiais com os traficantes, segundo
denunciou o próprio ministro da Justiça. Alguns políticos, por exemplo, quando
precisam se eleger vão as favelas pedir a bênção dos narcotraficantes, como
ocorreu com a candidata a ministra do Trabalho, Cristiane Brasil, que responde
a processo por conexão com o comércio de drogas na comunidade de Cavalcanti.
Brizola, por exemplo, fez acordo com líderes comunitários que não queriam ser
importunados com a sua polícia, abrindo espaço para todo tipo de crime nas
favelas e nos morros do Rio de Janeiro.
O governo do Pezão é de todos o mais incompetente. Não sabe
administrar, é lesado e responsável pelo maior caos financeiro da história do
estado e pela inanição do servidor público. Quando se apresenta para a imprensa
é para falar um monte de besteira que não leva nada a lugar nenhum. É de dá dó
o seu desconhecimento do próprio governo, a incapacidade dos seus auxiliares e
a insegurança que ele passa para a população quando é questionado sobre o
desastre dos seus atos. Infelizmente, o carioca, um povo tão contestador, ainda
não foi às ruas para retirá-lo do Palácio, antes que a justiça o faça quando
julgar seus processos na Lava Jato, onde ele aparece como beneficiário de
dinheiro das empreiteiras.
Na outra ponta, coitado do Rio!, aparece o prefeito
Crivella que governa movido por sentimentos religiosos. Não gosta de Carnaval e
foge dele como o diabo da cruz. E ainda leva a tiracolo para a sua viagem
fajuta, com o dinheiro do contribuinte, o coronel responsável pela inteligência
da segurança. Em meio ao maior vendaval que a cidade sofre, ele manda um recado
de que está acompanhando a situação on-line. É um deboche, um descaso com o Rio
e com os seus moradores. Dois anos depois do mandato, o que se sabe desse
perfeitinho de meia tigela é a sua total inapetência para exercer o cargo, já
que não realizou nada para melhorar a cidade e as suas mazelas.
Como um tirano dos bons costumes, não aceita nada das artes
populares, nada que venha do povo, pois a sua crença em Deus é maior do que a
de todos os outros cristãos, mas que ele considera agentes de satanás, pois não
estão em suas igrejas fazendo doações para sustentar a luxúria dos seus
apóstolos. É com essa visão que o pastor Crivela governa o Rio, a cidade
conhecida no mundo por suas músicas, pelas suas artes e belezas naturais, mas,
sobretudo, pela irreverência e alegria do seu povo. Com essa cegueira dos
fanáticos, Crivella caminha para transformar a cidade em um templo dos seus
deuses caolhos que pregam a moral e os bons costumes como se até a procriação
fosse um ato profano para seus seguidores religiosos.
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