Hélcio Silva
(05 / 03 / 2018)
Direto da Ilha de Upaon-Açu
Antes de iniciar esse arrazoado, fui ao quintal ver meu pé
de boldo que me serve de chazinho quando meu fígado fica irritado com a
política dos maus.
Ah!... Também vou de camomila para controlar a revolta dos
nervos quando leem as notícias sobre violência...
Não sabiam? Os meus nervos fazem leitura: aprenderam a ler
na velha carta de ABC...
Vez por outra - e algumas vezes assim é - , quando a camomila
se torna ineficiente; aí, Ouço Deus!
É aquela velha mania de só buscarmos Deus nas dificuldades
maiores, quando deveria ser “buscar Deus sempre”.
Na última vez que conversei com o amigo Pedro Gomes,
estudioso ambientalista e pesquisador das coisas políticas do Maranhão, falamos
demoradamente sobre os municípios da baixada maranhense. A conversa foi na casa do Pedro. Fizemos uma trilha de
Viana a São Bento... A conversa parecia caminhada de índio de pé no chão,
sentindo a terra e o cheiro do vento!
Viana, Penalva, Matinha, Olinda, São João Batista, São
Vicente, Cajapió e São bento entraram na nossa língua...
Fizemos, realmente, uma longa caminhada de índio...
E o Porto da Raposa não deixou de entrar na conversa... E
ainda falamos muito da dinheirama que chega para os municípios da baixada...
Deixei o Pedro e as suas pesquisas!
Caminhei de volta para casa, lembrando dos tempos bons da
Ilha de Upaon-Açu, quando cá estive, em outra existência, como índio guerreiro
da praia do jenipapeiro; de onde vi de longe a chegada das tropas de Daniel e
de Charles des Vaux, que pensaram fundar aqui um território francês.
Porém, hoje, estou em outros tempos!
Cheguei ao Planalto do Anil II, onde moro... Vontade de
ler!
Abro meus arquivos de leitura e revejo “Esperança e
abandono em São João Batista”, artigo do amigo Luiz Figueiredo, publicado aqui
no meu blog no dia 20 de fevereiro deste ano (2018).
E Luiz começa assim: “Há algum tempo escrevi um artigo intitulado “São João
Batista, terra da esperança”, mas infelizmente hoje já não tenho a mesma
convicção e o mesmo otimismo em relação ao progresso e desenvolvimento
econômico e social desta terra de tantos filhos ilustres, muitos ocupando
cargos importantes na administração pública e empresarial".
Faz um tempão que ando de visita a São João Batista (Há
mais de 30 anos!...)
- Um tempinho que não vou lá / hora dessas, chego por lá –
A nossa curiosidade é uma diligência permanente pela busca...
Tirando “falar mal da vida alheia”, curiosidade é uma ciência: sem curiosidade
não existiria a alavanca da pesquisa.
Pois estou curioso! Quero ler “São João Batista, terra da
esperança”, do mesmo escritor Luiz Fgueiredo... Ele citou, porém, não mandou o artigo. Desejo ler!
Sou um aguçado pela pesquisa: cavo fundo!
Às vezes sou assaltado por muitas informações e até cobrado
para publicar... Vejam, por exemplo:
Os últimos prefeitos de São João Batista nada fizeram pelo município...
Ué! Não fizeram?
Querem ver uma pequena lista de “notáveis” que pouco - ou nada - fizeram
pela cidade?
Pois "taqui" , logo abaixo:
Zequinha Soares (por mais de uma vez eleito), Tonho Figueiredo, Eduardo
Dominici (filho do João: atual prefeito), Amarildo, Junior de Fabrício... Ufia!... Ainda tem mais?
Agora tem o João!... Vamos aguardar!
Uma obra importante e esquecida pelos governantes de São
João é o Porto da Raposa.
Totalmente abandonado!... Nem a estrada foi
asfaltada...
Ainda vou escrever sobre o Porto da Raposa...
E até vou afirmar, hoje, que São João é a terra que tem porto e não tem; porque abandonado é como se não tivesse.
Reproduzo aqui no blog, hoje, nesta segunda-feira, para melhor entendimento futuro,
uma notícia sobre um debate na Assembleia Legislativa do Maranhão a respeito do Porto
da Raposa.
O debate ocorreu em setembro de 2015.
Edson Araújo pede restauração da estrada da Raposa no município de
São João Batista
Da Agência Assembleia - 14/09/2015
O deputado Edson Araújo (PSL) apresentou à Mesa Diretora a Indicação nº 778/15 pedindo que seja encaminhado expediente ao governador Flávio Dino, bem como ao secretário de Infraestrutura, Clayton Noleto, solicitando providências no sentido de que seja viabilizada, em caráter de urgência, a restauração com asfaltamento da estrada que liga a sede do município de São João Batista ao Porto da Raposa, atualmente desativado, por falta de infraestrutura.
Em sua solicitação, Edson Araújo explica que o Porto da
Raposa, situado no município de São João Batista, sempre foi considerado um
porto marítimo de grande relevância para a Baixada Maranhense, servindo como
base para escoamento da produção agrícola (agricultura familiar) e pecuária
(animais de grande e pequeno porte) do município e de vários outros como
São Bento, São Vicente
de Férrer, Cajapió
e Matinha , para
a capital maranhense, isto até os
anos 90, servindo também de acesso para o transporte de passageiros, considerando
que as estradas que ligam
as MA-014 e 135 eram intrafegáveis, principalmente no período invernoso.
O deputado acrescenta que este Porto possui um grande
potencial natural tanto para a piscicultura e a carcinicultura, quanto para o
turismo, em conformidade com o levantamento
feito no período
2013/2014, pela Associação
Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC), em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura, haja
vista que possui uma
vasta extensão territorial de 16 mil
km de tesos naturais.
“É importante ressaltar que esse porto já foi aporte para
atração de embarcações de pequeno e grande porte - barco a vela e lanchas como
Nova Estrela, Santa Maria, Praiano e várias outras lanchas, servindo também
como modalidade marítimo costeiro para o transporte de mercadorias que
potencializam o comércio local e regional”, afirma Edson Araújo.
Ele assinala ainda que a recuperação desta estrada é objeto
de reiteradas solicitações da população formalizadas pelo presidente da Colônia
de Pescadores Z–63 do município de São João Batista, Luís Sérgio Costa Castro.
“Desse modo, o povo joanino aguarda com muita ansiedade o
asfaltamento dessa estrada, que beneficiará a população de 19.920 habitantes do
município, investimento estrutural de interesse coletivo, ação promovedora de
desenvolvimento socioeconômico, condições básicas indispensáveis à melhoria da
qualidade de vida e inclusão social dos habitantes”, afirma o deputado Edson Araújo.
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